quarta-feira, janeiro 02, 2008


Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill, Há palavras que nos beijam

1 comentário:

isabel mendes ferreira disse...

vim....
devagar.

pela mão da minha muito querida Isabel Victor...que agora navega no quente das mornas... (e eu cheia de inveja) (boa)...

vim conhecer este "laço".

vim reconhecer no traço do sangue o sangue Dela.

vim. matar um pouco a saudade....:)


e gostei. de vir.


_________________.cordialmente.