Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill, Há palavras que nos beijam
1 comentário:
vim....
devagar.
pela mão da minha muito querida Isabel Victor...que agora navega no quente das mornas... (e eu cheia de inveja) (boa)...
vim conhecer este "laço".
vim reconhecer no traço do sangue o sangue Dela.
vim. matar um pouco a saudade....:)
e gostei. de vir.
_________________.cordialmente.
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