terça-feira, novembro 13, 2007



...Estou num daqueles dias em que nunca tive futuro. Há só um presente imóvel com um muro de angústia em torno. A margem de lá do rio nunca, enquanto é a de lá, é a de cá; e é esta a razão íntima de todo o meu sofrimento. Há barcos para muitos portos, mas nenhum para a vida não doer, nem há desembarque onde se esqueca...

... De que cor será sentir? ...

Fernando Pessoa, Carta a Mário de Sá-Carneiro, Livro do Desassossego.

Foto de Sérgio Jacques, estuário do Sado.

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