segunda-feira, maio 28, 2007













Sempre que vou ao Porto sinto-me tocado pela magia das margens do seu rio, que só as palavras do poeta são capazes de revelar.

Cidade

Meti-me por setembro fora, a caminho do fulgor das maçãs, deixando para trás os bruscos golfos da tristeza e uma luz de neve quebrada de vidraça em vidraça.
Contemplava a cidade das pontes pela última vez, envolvida por lençóis encardidos e uma névoa que subia do rio para lhe morder o coração de pedra.
Era um burgo pobre, sujo, reles até - mas gostaria tanto de lhe pôr um diadema na cabeça.

Eugéneo de Andrade, Memória doutro rio.

3 comentários:

Anónimo disse...

Nasci no Porto, na travessa do Cativo, lá para os lados da Sé junto da Porta do Sol, curta viela que liga a Rua do Cativo a Cimo de Vila.
De um lado o Hospital do Terço do outro o Teatro de S. João.
No ano da graça de 1964;

Jean-Paul Sartre recusa o prémio Nobel.

António Pedro encena "Dente por Dente" de shakespeare no Teatro Moderno de Lisboa, com Carmem Dolores, Fernanda Alves, Morais e Castro, Rui de Carvalho e Rogerio Paulo.

No cinema Estudio em Lisboa estreava o filme " Os chapeus de chuva de Cherburgo" com Catherine Deneuve,"o seu corpo despido não tem sido dos menores elementos de valor dos filmes que interpreta" dizia o "Republica" a 29 de Outubro.

Em Paris o Teatro Nacional Popular anunciava a estreia para breve de "O senhor Puntilla e o seu criado Mada" de Brech

No outro lado da rua no Teatro de S. João passava o filme "Vénus Imperial".
"Pretendeu-se para o Porto, com a construção deste teatro, uma replica do Teatro lisboeta de São Carlos. A construção desta casa de espectaculos representa, na historia do Porto e do teatro português, uma página épica. O novo teatro abriu as suas portas no dia 13 de Maio de 1795, data do aniversário do futuro rei D. João VI, e dai a designação que lhe foi dada. A excitação provocada pela inauguração proxima foi tal que as damas da alta sociedade portuense da época, com receio de colorarem em causa a integridade dos altos e delicados penteados com que se haviam enfeitado para a festa da estreia, não se dentaram na noite da véspera de tão grande acontecimento."

Texto de Gernamo Silva

Outras memórias outros rios

Um abraço

DUARTE VICTOR disse...

Sensibilizou-me o teu comentário em forma de memória e feita de palavras que elogiam a tua cidade e as gentes que la vivem. Um abraço

Anónimo disse...

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